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28/05/2025 |
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Além da Rota Clássica: O Novo Mapa do Enoturismo na Itália |
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Durante a década de 1990, as viagens de vinho ainda não eram reconhecidas na Itália como um segmento distinto do mercado turístico. Visitantes internacionais vinham pela arte e história, pelo mar e pelas montanhas, pela culinária e, claro, pelo vinho. Ainda assim, naquela época, muito poucas vinícolas eram organizadas para receber os amantes do vinho |
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 Desde 1999, quando comecei a criar tours de vinho, pude observar o enorme desenvolvimento do enoturismo no meu país. Ainda me lembro, aos 26 anos, de conduzir tours diárias no meu velho Alfa Romeo, vagando pela Toscana acompanhado por famílias que me seguiam em seus próprios carros. Sem Google Maps, poucas placas indicando as vinícolas - foi uma grande aventura!
Aos poucos, o setor de vinhos começou a reconhecer o potencial do turismo e os consórcios de vinhos da Itália começaram a comercializar suas regiões como destinos de viagens de vinho. Hoje, o setor de enoturismo, que atrai anualmente 15 milhões de visitantes e movimenta € 2,9 bilhões (Nomisma-Wine Monitor, pesquisa Wine Tourism in Italy 2024), vem crescendo constantemente há anos, sem sinais de desaceleração. Na minha opinião, esse desenvolvimento não pode ser atribuído apenas à fama e ao posicionamento dos vinhos italianos globalmente; em vez disso, ele decorre da estreita conexão entre as vinícolas e o território. As vinícolas foram as protagonistas desse sucesso e, nos últimos 25 anos, evoluíram de simples locais de produção para refúgios cobiçados por amantes do vinho, conhecedores e profissionais do mundo todo.
Hoje, a hospitalidade nas vinícolas não é mais uma atividade secundária, mas está se tornando uma atividade primária que contribui significativamente para a lucratividade do negócio, exigindo organização dedicada.
Em minhas viagens, dos Alpes no norte à Sicília no extremo sudoeste, agora posso encontrar uma ampla gama de ofertas, que vão desde simples degustações de barris no balcão até piqueniques de luxo nos vinhedos, ou acesso a safras antigas com o proprietário/produtor. De refeições autênticas na casa dos proprietários a eventos de chefs com estrelas Michelin em uma adega de maturação, acredito que essas experiências autênticas permitem que os visitantes mergulhem totalmente no estilo de vida italiano, indo além da degustação de vinhos. Enquanto algumas propriedades investiram em hospitalidade vinícola para excursionistas, há uma tendência crescente de agroturismo de luxo, hotéis rurais charmosos e resorts de vinho de luxo para viajantes do vinho que desejam dormir cercados por vinhedos.
Se no passado os verdadeiros fãs de vinho chegavam à Itália predominantemente para passear pelos vinhedos dos chamados territórios "ABC" de Amarone, Barolo, Barbaresco, Brunello di Montalcino, Bolgheri e Chianti Classico, hoje em dia há ainda mais regiões vinícolas para conquistar. Hoje, há um forte desejo de descobrir todas as diversas paisagens vinícolas da Itália. Os entusiastas agora estão ansiosos para explorar as áreas mais fora do caminho comum, vinícolas familiares menores e até mesmo a variedade diversificada de variedades italianas nativas. É por isso que o Monte Etna na Sicília, Taurasi na Campânia, Manduria na Puglia, Montefalco na Úmbria, Collio em Friuli e o lago Caldaro no Alto Ádige estão entre uma infinidade de locais que estão experimentando um aumento na popularidade.
De volta ao presente, o reino digital trouxe uma onda de inovação ao enoturismo. As vinícolas estão, por exemplo, integrando seus sites com mecanismos de reserva para gerenciar visitas ou utilizando sistemas de gerenciamento de relacionamento com o cliente para analisar os interesses e comportamentos dos amantes do vinho. Os enófilos podem comprar uma ampla gama de experiências de vinho por meio de plataformas online, onde é possível reservar pacotes de hospitalidade com bastante antecedência. Os passeios de vinho também estão atraindo cada vez mais aqueles que estão dispostos a pagar por uma experiência pessoal. Essas viagens personalizadas são meticulosamente adaptadas por operadores turísticos especializados e especialistas em viagens de vinho, e os clientes podem incluir colecionadores particulares, grupos de profissionais do vinho e clubes de vinho.
Com essas perspectivas, podemos ver como a Itália evoluiu para se tornar líder em viagens relacionadas ao vinho - e tem todos os ingredientes para continuar sua maravilhosa história de sucesso. |
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Fonte: Decanter/Filippo Magnani |
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