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O Roteiro do Vinho do Vale do São Francisco é o mais novo produto turístico do Nordeste. O destino desponta como um dos mais promissores do Brasil. A rota envolve aspectos tão diferentes e complementares como o turismo de negócios, cultural, científico e técnico. As possibilidades e o potencial da região são muitos, tanto quanto as variedades de uva ali produzidas.
O lançamento do Roteiro do Vinho, que já está sendo comercializado, é um marco na história de Pernambuco e da Bahia, sobretudo porque integra regiões tradicionalmente muito competitivas. Ao unir os dois Estados em projeto único de promoção da atividade turística, ambos se fortalecem enquanto destino. “Este roteiro também tem um significado especial para o turismo em Pernambuco, pois registramos a consolidação definitiva da atividade no Interior. Queremos tratar Pernambuco de maneira uniforme e não apenas da costa litorânea. Com isso, estabelecemos como prioridade também a interiorização dos roteiros”, disse o secretário Estadual de Turismo, Laedson Bezerra.
Para o diretor de desenvolvimento do turismo da Empetur, Pepe Cal, os esforços de muitos anos na roteirização do Vale do São Francisco valeram a pena. O novo roteiro vai trazer mais emprego e renda para a região. “O turismo chega ao São Francisco e não apenas a Petrolina. Todas as cidades da estrada do vinho serão beneficiadas de forma integral e consistente. É um orgulho para todo o Estado”, acrescentou.
E há muito o que ver e conhecer. O roteiro é formado por oito municípios de Pernambuco e da Bahia, englobando um total de 34 mil quilômetros. Os turistas poderão visitar o Pólo Vinícola da região, bem como lugares que se destacam pela gastronomia e pelo artesanato, a exemplo do ateliê da artista Ana das Carrancas, famosa pelas peças em cerâmica com olho vazado. Também têm a chance de conhecer a hidrelétrica de Sobradinho, passear pelo Rio São Francisco, degustar vinhos nas vinícolas, visitar as casas de farinha e se deliciar com os licores e a culinária típica.
Com mais de 3 mil horas de sol por ano, a região vinícola ao redor de municípios como Petrolina, Lagoa Grande e Santa Maria da Boa Vista produz tintos e espumantes vigorosos e frutados. Nesta região, as parreiras não hibernam e nem sofrem com a sazonalidade. São mais de duas safras por ano. Mais de 15% dos vinhos finos do Brasil já têm o Vale do São Francisco como região de procedência.
E o turismo também não demora a perceber esse potencial de riqueza. Entre passeios pelas muitas ilhas e praias fluviais do São Francisco, cerca de três mil visitantes chegam todos os meses para conhecer e provar a produção das vinícolas locais. A expectativa é que a Rota do Vinho atraia estudantes secundaristas, técnicos, pesquisadores, empresários e, principalmente, pessoas da terceira idade e apreciadores de vinho.
Negócios - Nove operadoras já iniciaram a venda de pacotes para o novo destino, com preço médio de R$ 500, incluindo passagens aéreas, hospedagem e city-tour de três dias pelas cidades de Petrolina, Lagoa Grande, Santa Maria da Boa Vista, Orocó e os municípios baianos de Curaçá, Juazeiro, Sobradinho e Casa Nova Bahia. A expectativa é que o fluxo de turistas chegue a quatro mil pessoas por mês.
Investimentos - Para atender à demanda de turistas, a oferta hoteleira também irá crescer. A região do Vale do São Francisco já conta, hoje, com uma rede de 40 hotéis. Até 2007, o número de leitos vai aumentar em 50%, passando de 2 mil para 3 mil leitos. Dois flats e ainda um hotel do grupo Accor já estão sendo construídos. O investimento previsto é de R$ 8 milhões. Cada empreendimento vai disponibilizar 120 novos apartamentos. |
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