Blog Meu Vinho

05/12/2006
Vinho brasileiro no mercado internacional
A qualidade dos vinhos brasileiros vem se destacando no mercado internacional através de feiras e convenções do ramo. Especialistas garantem que o sabor está mudando, concentrando-se no sabor da fruta e deixando o toque amadeirado de carvalho.

Para Juciane Casagrande, diretora comercial da Casa Valduga há oito anos, com certeza o vinho brasileiro está mudando seu conceito fora do país. Segundo ela, há cerca de dez anos, produtores e vinícolas vêm aprimorando a qualidade do vinho brasileiro. “Tivemos uma mudança cultural onde os vinhedos foram reconduzidos, mudando de quantidade para qualidade e o resultado pôde ser observado na safra de 2004, que troxe um novo conceito para o vinho produzido no país”, diz.

Em 2004, o clima favoreceu o cultivo da uva, o que resultou uma ótima produção, mas a safra de 2005 foi execelente e comentada entre especialistas, que afirmam que a partir desta, o consumo de vinhos brasileiros está mudando no mercado de bebidas.

Juciane acredita que não só a safra de 2005, mas a de 2004, marcaram a mudança. “A moda de usar carvalho dentro da bebida, lançada pelos chilenos, deixou de ser única, pois além dos aromas amadeirados, os vinhos se tornaram mais complexos e frutados. Acabou o conceito de vinho só com madeira”, explica a enóloga.

As vinícolas investiram na tecnologia para a elaboração dos vinhos e o produtor na estrutura do vinhedo. “Estamos no primeiro mundo em termos tecnológicos. Hoje temos enólogos que fazem estágios fora do país, enfim temos o que há de melhor para cultivação da fruta e elaboração do vinho”, comenta Juciane.

Em relação aos espumantes, a enóloga diz que está mudando o aspecto de consumo. “O consumidor está deixando de beber espumantes apenas nas festas de final de ano e isso tende a aumentar, mas tem que ser mais trabalhado e explorado”, diz. Na Casa Valduga, a comercialização de espumantes chega à 30%, sendo que a procura por vinhos chega à 10% pelo branco e 60% pelo tinto.

Uma das vantagens para o mercado interno, é que os espumantes importados são muito caros e os brasileiros como são de exelente qualidade, são mais competitivos.

Destacando-se internacionalmente, os vinhos brasileiros tiveram a melhoria na qualidade e os preços nas vinícolas foram adequados. “Os preços tiveram uma equiparação com os preços dos vinhos internacionais”, afirma a enóloga. No Brasil, o conceito de que os vinhos importados são melhores se deve ao fato de que o país foi colonizado e o consumidor sempre dá preferência aos produtos de fora. “O consumidor acha que tudo que é de fora é melhor e isso não ocorre somente com o vinho”, complementa.

Porém, especialistas já estão comparando o vinho brasileiro com argentinos, chilenos e até europeus, que estão no mercado há mais tempo e têm alguns bebefícios devido aos acordos entre os países como o Mercosul. Mas, nos últimos dez anos, o vinho brasileiro teve uma evolução qualitativa.

“O consumidor internacional prova e fica surpreso com a qualidade e com o padrão dos nossos vinhos”, enfatiza Juciane. Em todos os países existem vinhos bons e ruins. Os importados com o preço baixo são os mais simples e os caros são pouco mais elaborados e estes também são produzidos no Brasil. Segundo Juciane, muitas pessoas consomem vinho importado só pelo fato de ser importado, sendo que no país exitem vinhos melhores e nacionais. Em relação ao valor da bebida, para Juciane, um restaurante pode vender um vinho por no máximo 150 reais, o melhor e nos mercados e lojas do ramo, no máximo a 90.

A Casa Valduga traz algumas novidades na linha de espumantes. A Linha Premiun substitui a tradicional com uma nova safra moscatel 2006 e brut 2004 e a linha de espumantes Estações traz o prosecco e o blush, rosê, da safra 2005.
 
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