Vinhos tintos brasileiros são aprovados em degustação na Noruega
Os vinhos brasileiros estão próximos de serem incluídos, pela primeira vez, nas licitações de compras da Noruega. Eirik Andersen, gerente de Produtos do Vinmonopolet, empresa estatal que possui o monopólio do comércio de bebidas alcoólicas (com exceção da cerveja) do país nórdigo, comunicou à Embaixada Brasileira em Oslo o resultado preliminar dos testes e degustações realizadas com um lote de 27 amostras de diferentes vinhos finos enviados pelo Ibravin (Instituto Brasileiro do Vinho) em dezembro do ano passado. O envio das amostras de produtos foi aberto a todas as cantinas interessadas.
“O painel de provadores considerou que determinados produtos – em sua maioria vinhos tintos – têm potencial para ingresso e comercialização no mercado norueguês”, informa Pedro Paulo d'Escragnolle-Taunay, chefe da Divisão de Operações de Promoção Comercial do Ministério das Relações Exteriores (MRE). Conforme Andersen, a Vinmonopolet deve incluir os vinhos brasileiros em licitações que serão abertas em novembro deste ano na Noruega.
Segundo o Ibravin, nove vinícolas brasileiras enviaram vinhos para a apreciação da Vinmonopolet: Aurora, Casa Valduga, Dom Câmdido, Don Guerrino, Irmãos Basso, Panceri, Piagentini, Salton e Vinibrasil. O MRE observa que regras internas da empresa norueguesa impedem a revelação dos detalhes do resultado dos testes, impedindo a divulgação dos vinhos que obtiveram a preferência do painel.
A gerente de Promoção Comercial do WFB, Andreia Gentilini Milan, afirma que a aprovação nestes testes é o primeiro passo para a abertura de uma licitação de vinhos brasileiros no mercado norueguês. “Quando a licitação abrir, qualquer empresa do Brasil poderá se inscrever, não apenas as que enviaram produtos para os testes”, alerta Andreia. Ela observa que as vinícolas devem estar preparadas, acionando desde já seus agentes para ajudá-las no processo de seleção da estatal norueguesa. “Quem não tem agente neste país deve providenciar com a devida antecedência”, recomenda. A Embaixada do Brasil em Oslo enviou uma lista de importadores na Noruega que podem ser contatados pelas empresas verde-amarelas.
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