Blog Meu Vinho

18/12/2010
Substâncias no vinho podem evitar a morte das células cerebrais
A descoberta é promessa de tratamento para quem luta contra os efeitos de um derrame e do Mal de Alzheimer. Mas os cientistas fazem dois alertas: um remédio pode demorar e o vinho não deve ser usado como medicação. Foi justamente a água do São Francisco que permitiu a criação do Pólo de Produção de Uvas e Vinho no Nordeste. Transformou a terra seca em solo fértil. No laboratório da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), a transformação foi outra: a extração do resveratrol do vinho para mais uma pesquisa, a busca por um remédio que evite as sequelas causadas pelo Acidente Vascular Cerebral (AVC), conhecido como derrame.

Os neurônios são as células do cérebro. A principal consequência do AVC é a morte dos neurônios, o que acontece até três dias depois do derrame. Se eles morrem, o paciente pode perder a fala e os movimentos.

A pesquisadora Christianne Salbego, da UFRGS, usou no estudo partes de cérebros que sofreram AVC. Ela aplicou o resveratrol e viu que os neurônios reagiram muito bem. “Nós tínhamos uma morte de 40% do tecido, enquanto no tecido não tratado morriam praticamente 100%”, aponta.

Se o resveratrol foi capaz de proteger os neurônios seria também capaz de proteger a memória? A pergunta é dos próprios pesquisadores que foram atrás da resposta. Dessa dúvida, surgiu uma grande esperança para o tratamento de uma doença que ainda não tem cura: o Mal de Alzheimer.

Em ratinhos, o resveratrol reduziu pela metade a morte de neurônios, o que causa a perda de memória. Mas os cientistas fazem dois alertas: um remédio ainda pode demorar e, nesse caso, o vinho não deve ser usado como medicação. “O vinho é muito saudável, mas com consumo bastante moderado. Uma coisa é o consumo do vinho, e outra coisa é o tratamento com resveratrol”, alerta a pesquisadora de UFRGS.
 

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