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    |  | 16/02/2011 |  |   
    |  | Exportações do 'Wines of Brazil' somam US$ 2,29 milhões em 2010 |  |   
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As   vinícolas brasileiras integrantes do projeto setorial integrado Wines   of Brasil, realizado em parceria entre o Ibravin (Instituto Brasileiro   do Vinho) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e   Investimentos (Apex-Brasil), exportaram US$ 2,29 milhões em 2010,   praticamente o mesmo valor de 2009, que foi de US$ 2,30 milhões. “Apesar   de ter sido um ano de crise, com o câmbio desfavorável às exportações,   as empresas conseguiram manter praticamente o mesmo faturamento de   2009”, analisa a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil,   Andreia Gentilini Milan. 
 Para este ano, a expectativa é aumentar em 90% as exportações de vinho   brasileiro fino engarrafado, alcançando US$ 4,40 milhões, muito próximo   dos US$ 4,68 milhões de 2008, o melhor resultado já conquistado pelo   projeto. Das 36 vinícolas associadas ao projeto, 18 são exportadoras,   sendo que, 13 efetuaram vendas ao exterior no ano passado. O Wines of   Brasil tem o objetivo de posicionar o produto brasileiro no mercado   internacional por meio da promoção do vinho fino engarrafado.
 
 A Inglaterra foi o principal destino do vinho brasileiro em 2010. Em   2009, havia ocupado a nona posição entre os países importadores de vinho   do Brasil. Os Estados Unidos perderam a liderança para a Inglaterra e   ficaram em segundo lugar em 2010. Em seguida, no terceiro posto, ficou a   Holanda, recuperando terreno perdido em 2009, quando esteve na sexta   colocação. A Alemanha foi o quarto país que mais comprou vinho   brasileiro no ano passado. “O bom desempenho na Inglaterra, nos Estados   Unidos, na Holanda e na Alemanha é resultado direto das nossas ações   nestes mercados, com a participação em feiras e promoção de eventos de   degustação”, comenta Andreia.
 
 As exportações de vinho brasileiro em geral alcançaram US$ 6,82 milhões   em 2010, ante US$ 10,12 milhões em 2009, estas puxadas pelas vendas de   vinho a granel para a Rússia. Em 2009, foram comercializados US$ 6,71   milhões em vinho a granel (97% para a Rússia). Em 2010, a exportação de   vinho brasileiro a granel caiu para US$ 2,90 milhões (US$ 2,29 milhões   para a Rússia e o restante para o Paraguai).
 
 Análise
 
 Conforme a gerente de Promoção Comercial do Wines of Brasil, o valor   médio obtido pelas empresas integrantes do projeto pelo litro de vinho   exportado continua maior (US$ 2,15) que a média do Brasil (US$ 0,62).   Este valor, 246% maior, mostra, segundo ela, que as empresas   participantes do Wines of Brasil estão alinhadas ao planejamento   setorial e estão buscando exportações com valor agregado em seus   produtos. O valor médio por litro exportado pelas empresas que lideram o   ranking das exportações cresceu 63%, aumentando de US$ 2,46/litro em   média para US$ 4,03/litro. Estes valores são em FOB (Free on Board, ou   seja, no porto, sem frete e sem impostos que incidem nos produtos   comercializados no Brasil).
 
 “O ano passado foi um período de reposicionamento do setor brasileiro de   vinho no mercado mundial, em que as empresas tiveram que abrir mão de   volumes e buscar nichos de mercado com maior valor agregado em lugares   não tão afetados pelas questões cambiais”, explica Andreia. Segundo ela,   o trabalho realizado nos oito mercados-alvo – Alemanha, Canadá, Estados   Unidos, Hong Kong, Países Baixos, Polônia, Reino Unido e Suécia – vem   apresentando gradualmente resultados positivos, como o aumento nas   exportações para três países (Reino Unido, Holanda e Polônia) e o   aumento do preço médio por litro exportado em seis dos oito mercados   prioritários (Alemanha, Estados Unidos, Canadá, Estados Unidos, Suécia e   Hong Kong). “Ampliamos, diversificamos e consolidamos a presença dos   vinhos brasileiros nos mercados-alvo escolhidos”, destaca Andreia.
 
 Em um ano de transição, o Wines of Brasil proporcionou às empresas   associadas a oportunidade de adequarem seus produtos, se necessário,   para o mercado alemão e norte-americano, após análises de marcas   realizadas durante consultorias específicas programadas para esses   países. Duas vinícolas desenvolveram um trabalho voltado para o mercado   inglês. A Miolo elaborou a linha de vinhos Alísios do Seival   exclusivamente para ser exportada para o mercado inglês. E a Aurora   criou uma linha de espumantes específicos para a Inglaterra, fruto de um   trabalho que vem sendo desenvolvido após eventos e feiras junto ao seu   importador. As primeiras exportações serão realizadas este ano.
 
 Histórico
 
 O Wines of Brasil, que iniciou suas atividades em 2002, com a adesão de   apenas seis vinícolas brasileiras, conta hoje com 36 empresas, sendo que   21 delas já efetivaram exportações. Em seis anos de trabalho, o valor   exportado aumentou 20 vezes, subindo de US$ 231 mil em 2003 para US$   4,68 milhões em 2008, um incremento de 1.927%. Justamente em 2008 os   negócios encaminhados pelas empresas integrantes do projeto somaram   exatamente o dobro das exportações de vinhos e espumantes de 2007.
 
 Assim como 2010, o ano de 2009 foi de dificuldades, especialmente devido   ao câmbio desfavorável. As exportações de vinhos brasileiros caíram   pela metade na comparação com o excelente ano de 2008. Para reagir, o   Wines of Brasil procurou focar o trabalho em oito mercados-alvo para a   promoção dos vinhos brasileiros no exterior. Alemanha, Canadá, Estados   Unidos, Hong Kong, Países Baixos, Polônia, Reino Unido e Suécia foram   escolhidos para receber maior atenção e investimentos do Projeto em 2010   e 2011, com vistas às exportações de vinhos e espumantes   verde-amarelos.
 
 A estratégia deu resultado, apesar do volume ainda ser pequeno. Mas por   que investir tanto no mercado externo, se o mercado brasileiro é imenso e   cobiçado por todos os países produtores de vinhos do mundo? Andreia   Gentilini Milan tem a resposta na ponta da língua: “O sucesso das   exportações de vinho fará o consumidor brasileiro diminuir seu   preconceito quanto aos nossos produtos, tornará nossos produtores mais   competitivos principalmente no mercado doméstico e dará ao setor   visibilidade, reconhecimento e a capacidade de se antecipar a tendências   mundiais.”
 
 Ranking dos países que mais compraram vinho brasileiro em 2010
 1º Inglaterra
 2º Estados Unidos
 3º Holanda
 4º Alemanha
 5º Paraguai
 6º Colômbia
 7º Suíça
 8º Polônia
 9º Japão
 10º Dinamarca
 
 Ranking dos países que mais compraram vinho brasileiro em 2009
 1º Estados Unidos
 2º Alemanha
 3º Colômbia
 4º Japão
 5º Portugal
 6º Holanda
 7º Suíça
 8º Canadá
 9º Inglaterra
 10º Angola
 
 Fonte: Ibravin, projeto Wines of Brasil
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