|
O crítico inglês Steven Spurrier, idealizador do Julgamento de Paris, coordenou degustação às cegas com espumantes brasileiros e de cinco países do novo mundo
O Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin) promoveu hoje na sede do Fecomércio em São Paulo, o Painel de Avaliação de Espumantes do Hemisfério Sul com o objetivo de exaltar as potencialidades e avaliar diferenças entre os espumantes produzidos nos países deste hemisfério. As degustações foram conduzidas pelo jornalista inglês Steven Spurrier. O consultor, produtor e degustador internacional está entre as personalidades mais respeitadas no mundo do vinho.
A degustação foi dividida por método de elaboração (charmat e tradicional), realizada às cegas por jurados escolhidos por Spurrier e acompanhados de especialistas do segmento. A escolha dos espumantes brasileiros ficou a critério do inglês Steven Spurrier.
O Miolo Millésime Brut foi eleito o melhor espumante na categoria champenoise, do Hemisfério Sul. Elaborado pelo método tradicional, com uvas Chardonnay e Pinot Noir, cultivadas nos vinhedos da família Miolo em São Gabriel, no Vale dos Vinhedos, região que dá origem a um dos melhores espumantes do Brasil. Possui o selo de “Denominação de Origem Vale dos Vinhedos” (DOVV) e é premiado com diversas medalhas em concursos nacionais e internacionais. Miolo Millésime Brut é um espumante delicado, fresco e equilibrado com perlage fino e persistente, e elegante final de boca.
Ao final da degustação, Spurrier traçou um panorama de cada país e comentou as tendências do mercado de espumantes.
O evento serviu para confirmar a qualidade do espumante brasileiro, fortalecendo ainda mais a imagem de país produtor dos melhores espumantes do hemisfério sul.
Quem é Steven Spurrier
Steven Spurrier nasceu em 1941, em Londres, onde, em 1964, como estagiário, começou no comércio de vinhos. Em 1970, foi morar em Paris, tornando-se dono da Les Caves de la Madeleine, uma pequena loja de vinhos no centro da cidade que alcançou rapidamente o reconhecimento como um dos mais inovadores varejos da capital francesa. Em 1973, abriu a L’Academie du Vin Frances, uma escola privada de vinhos.
Mas sua fama internacional correu o mundo em 1976, quando conduziu o conhecido e histórico “Julgamento de Paris”, confrontando, em uma degustação às cegas, vinhos tintos e brancos californianos contra os melhores exemplares de Bordeaux e Borgonha. O resultado da degustação, que tinha nove juízes franceses, surpreendeu a todos: um Chardonnay e um Cabernet Sauvignon da Califórnia venceram os tradicionais rótulos franceses.
Em 1988, Spurrier vendeu suas empresas e retornou a Londres, onde tornou-se um consultor de vinho e jornalista. É também consultor e editor da revista Decanter. |
|