Blog Meu Vinho

06/03/2017
Consumo de vinho tinto pode prevenir demência
Um copo de vinho por dia pode manter a mente afiada. Diversos estudos científicos têm ligado resveratrol, um polifenol encontrado na casca da uva, a um risco menor de doenças neurodegenerativas, como a doença de Alzheimer. Agora, pesquisadores da Universidade da Califórnia (UCLA) publicaram os resultados de um estudo piloto na revista Experimental Gerontology. A pesquisa mostrou que os componentes da uva podem reforçar a atividade do cérebro em pacientes que estão apenas começando a experimentar o declínio cognitivo. Os cientistas acreditam que essa pode ser a prova de que o consumo de vinho seja um método preventivo dessas doenças.

A equipe da UCLA conduziu o estudo com cinco homens e cinco mulheres, com idades entre 66 e 82 anos que tiveram uma leve queda na cognição por pelo menos seis meses. As pessoas que já tinham sido diagnosticadas com a doença de Alzheimer ou com outra causa de demência, ou que estavam tomando medicação para isso, foram excluídas.

Os pesquisadores dividiram os participantes em dois grupos. Metade tomou uma dose diária de um placebo e metade tomou um pó liofilizado a partir de uvas tintas da Califórnia, o equivalente a três porções de uvas frescas ou a uma taça e meia de vinho.

Foram realizadas várias avaliações neuropsicológicas com os participantes no início do estudo e, novamente, após seis meses de terapia. Os testes mais importantes foram tomografias cerebrais, que medem o metabolismo em cada região do cérebro.

"Cada região é responsável por diferentes habilidades cognitivas", explicou o Dr. Daniel Silverman, chefe da Seção de Imagem Neuronuclear da UCLA e principal autor do estudo. "Nós olhamos regiões do cérebro que sabíamos que a atividade cairia, se uma pessoa estivesse nos primeiros estágios de declínio da memória, devido a uma doença como a de Alzheimer." Essas partes do cérebro se tornaram menos ativas nos indivíduos do grupo placebo, enquanto os que consumiram o pó de uva não experimentaram nenhuma redução significativa no metabolismo cerebral.

A chave para este estudo é o foco nos estágios iniciais do declínio cognitivo. "Uma tendência que vem acontecendo é passar a estudar as fases anteriores da doença de Alzheimer", disse Silverman. "Quanto mais cedo você intervir, menos danos haverá. Uma vez que haja danos, não há como revertê-los."

Fonte: Wine Spectator
 

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