Blog Meu Vinho

25/09/2017
Brancos alternativos para os consumidores da geração dos Millennials
Esses compradores de vinhos são marcados por sua curiosidade interminável e buscam diversos aromas e gostos
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As tendências do vinho passam por ciclos, alguns dos quais são difíceis de prever. Hoje, o fato é que os compradores da geração dos Millennials podem ser o grupo de compra de vinhos menos previsível da história e um dos mais desafiadores.

Os Baby Boomers, grupo anterior de consumidores, eram relativamente previsíveis. Até hoje, a demanda por Chardonnay, que foi desenvolvida como uma moda 30 anos atrás, continua sendo o maior mercado de vinhos nos Estados Unidos. Ele ganhou a maior parte do seu impulso com base no entusiasmo dos Boomers por essa casta de uva na década de 1980, mesma época que eles tinham idade para consumir vinho.

Paralelamente a essa, existia a demanda por Cabernet de luxo. Zinfandel atingiu um pico frenético há uma década, e até mesmo o Riesling teve seu breve dia no sol recentemente.

Quando os Boomers começaram a envelhecer, passaram a consumir muito menos vinho do que antes. Suas demandas por vinhos incomuns, que nunca foram realmente muito altas, diminuíram ainda mais.

Além disso, a Geração X, que veio depois, pareceu se concentrar mais em bebidas artesanais ou de boutique. O cocktail fez um retorno a sua glória dos anos 30/50, a cerveja artesanal explodiu e modas de todos os tipos fizeram incursões em drinks tradicionais.

Mas a Geração X foi um grupo menor por população (cerca de 50% menor por algumas estimativas), e a multidão dos Millennials, que veio recentemente, foi tão grande quanto o grupo Boomer. E deu o tom para a nova onda de consumo de vinho na Califórnia. Existem pontos fracos. As vendas de Cabernet Sauvignon de alta qualidade estão lentas (mas alguns produtores estão prosperando devido à maior demanda de tais vinhos nos mercados asiáticos). Chardonnay permanece em primeiro lugar, mas, de longe, o segmento mais forte desse nicho está em produtos de preços mais baixos.

Algumas fraquezas permanecem. Nos últimos 15 anos, as vendas de Merlot se arrastaram, o vinho espumante não pegou como bebida de jantar e permanece em grande parte para celebrações, e os vinhos de sobremesa nunca decolaram.

Os segmentos mais fortes na Califórnia no momento são vinhos rosados secos e o que alguns varejistas chamam de "brancos alternativos".

Então, embora Albariño, Pigato e Torrontes parecem um escritório de advocacia europeu, eles são realmente as últimas demandas dos consumidores do norte da Califórnia, apesar de sua relativa obscuridade.

Os compradores de vinhos da geração dos Millennials são marcados por sua curiosidade interminável e buscam diversos aromas e gostos. Como tal, eles abraçaram as misturas brancas do Vale do Rhône, vinhos que possuem várias combinações da exótica e florida uva viognier, e a mistura da uva Rousanne com a Marsanne.

Em seguida, veio um interesse em uma uva austríaca, Grüner Veltliner, que logo foi plantada aleatoriamente em todo os Estados Unidos.

Muitas lojas de vinhos do norte da Califórnia tiveram que expandir suas seções dedicadas ao que eles agora chamam de brancos alternativos. Nessa nova categoria, estão muitos vinhos brancos italianos de uvas incomuns, como Arneis, Greco, Gavi, Orvieto, Verdicchio, Verduzzo, Falanghina e muitos mais.

O novo Sauvignon Blanc, sem carvalho, da Nova Zelândia, tornou-se uma estrela alternativa branca. A última moda vinda desse país são os Sauvignon Blancs em fascinantes versões amadurecidas em carvalho que vendem duas vezes mais.

Por enquanto, a geração dos Millennials está dominando as tendências de vendas de vinho nos Estados Unidos.

Fonte: The Press Democrat
 

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