Blog Meu Vinho

25/04/2018
O vinho mais antigo do mundo vem da Geórgia
O país reforçou sua reivindicação como o berço da vinificação depois que uma nova pesquisa mostrou que ele contém a mais antiga evidência conhecida da cultura do vinho, que remonta a 8 mil anos.
Qualquer um com uma garrafa de vinho da Borgonha na sua adega deve prestar homenagem a antepassados ​​antigos da Geórgia, sugere nova pesquisa.

Não só as últimas evidências dão respaldo a teoria de que a Geórgia foi o berço da cultura do vinho moderno, mas também sugere que o vinho é pelo menos 500 anos mais antigo do que o pensamento inicial.

Uma equipe liderada pelo professor Patrick McGovern, conhecido em alguns círculos como o "Indiana Jones do vinho antigo", coletou e analisou compostos orgânicos encontrados em fragmentos de cerâmica antigas (foto) na Geórgia.

Seus resultados, publicados nos Procedimentos da Academia Nacional de Ciências nos EUA, "fornecem as primeiras evidências arqueológicas biomoleculares para a existência de vinho e da vinicultura no Oriente Próximo, entre os anos de 6.000-5.800 AC”.

É difícil estar 100% certo de que esta região foi onde o vinho foi produzido pela primeira vez, mas acredita-se que as videiras tenham sido cultivadas pela primeira vez pelas comunidades dessa área.

A equipe disse que importantes novas etapas da pesquisa estarão tentando descobrir exatamente onde na região os vinhos foram produzidos pela primeira vez a partir das videiras que eram cultivadas.

"Trabalhamos neste projeto nos últimos três anos", conta McGovern. "Nós recavamos lugares em Shulaveris Gora e Gadachrili Gora, tomando muito mais cuidado com as amostras do que era possível anteriormente".

No entanto, ele afirma que ainda há muitas pesquisas a serem feitas em outros lugares. "Houve desenvolvimentos no leste da Turquia. O Irã é muito pouco explorado. A verdadeira videira selvagem ainda cresce no Líbano, mas ainda não foram coletadas amostras adequadamente. Os humanos primeiro descobriram a videira quando vieram para o norte da África, na Palestina e no Líbano”, revela.

"Estamos realmente apenas tentando descobrir onde ocorreu a primeira domesticação, e a Geórgia está no centro de tudo", afirma McGovern, diretor científico do Projeto de Arqueologia Biomolecular de Culinária, Bebidas Fermentadas e Saúde do Museu da Universidade da Pensilvânia, na Filadélfia.

Fonte: Decanter
 

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