Blog Meu Vinho

30/01/2019
Vinho italiano pretende melhorar seu jogo nos Estados Unidos
Na Vinitaly, a agência de comércio do país anuncia planos para uma campanha de marketing de 25 milhões de dólares.
Os americanos amantes de vinho não precisam ser informados de que a Itália produz alguns dos melhores vinhos do mundo. Mas os viticultores italianos acreditam que podem melhorar as vendas no maior mercado de vinhos do mundo e lançaram uma campanha agressiva de marketing. É uma iniciativa ambiciosa que visa elevar a imagem do vinho italiano com os consumidores e profissionais de vinho dos EUA.

"É a maior campanha promocional que já fizemos", revela Maurizio Forte, diretor do escritório da Agência de Comércio Italiana em Nova York. "A maioria dos consumidores americanos considera o vinho italiano casual, para todos os dias, mas a Itália é muito mais do que isso”.

A Itália já é a principal fonte de vinhos importados nos EUA, enviando 37,9 milhões de caixas para a América em 2016, em comparação com 15,3 milhões da França, de acordo com a publicação Impact Databan. Mas viticultores italianos querem competir mais com os franceses no mercado de vinhos premium. Para esse fim, a associação comercial planeja gastar 25 milhões de dólares em três anos em uma campanha apelidada de “Vinho Italiano - Prove a Paixão”, incluindo publicidade, promoções e treinamento para profissionais da indústria de alimentos e vinhos.

Na cerimônia de inauguração da Feira Vinitaly 2018, os organizadores anunciaram uma pesquisa com os consumidores americanos pelo Wine Monitor Nomisma, que focava na imagem dos vinhos italianos em comparação aos vinhos franceses. A pesquisa constatou que a grande maioria dos consumidores americanos considera a qualidade dos vinhos franceses e italianos semelhante. No entanto, a maioria percebe os dois de forma muito diferente: eles associam o vinho italiano com a “tradição” e a “convivialidade” e os vinhos franceses com “exclusividade” e “elegância”.

"Em termos de qualidade, nosso vinho está no mesmo nível da França", afirma Forte. "Infelizmente, o preço médio é a metade."

Muita dessa diferença, disse Forte, tem a ver com a diferença de preço de seis para um entre as categorias dominantes de vinhos espumantes das duas nações - Champagne e Prosecco. Mas a lacuna também tem a ver com a falta de compreensão do vinho italiano e suas denominações.

"Queremos começar a reivindicar nosso lugar na extremidade superior do mercado", destaca ele.

A agência de comércio patrocinada pelo governo italiano está começando a campanha nos cinco estados já responsáveis ​​por quase dois terços das importações italianas de vinho: Nova York, Califórnia, Texas, Illinois e Flórida. Depois, ela acabará se ramificando.

Na verdade, o vinho representa uma pequena fração - cerca de 3,5% - das exportações de 50 bilhões de dólares da Itália para os EUA - da moda ao maquinário de fábrica, passando pelas motocicletas e alimentos, afirma Forte. Mas a agência está dedicando 30% do orçamento promocional ao vinho por uma simples razão: “Porque o vinho é um produto icônico. É algo que pode trazer você para o circuito da cultura italiana.”

Fonte: Wine Spectator
 

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