Blog Meu Vinho

10/08/2005
Miolo firma joint-venture para produzir vinhos no Chile
A Vinícola Miolo vai produzir vinhos com a chilena Via Wines no Brasil e no Chile. Do acordo nasce a Via Sul Wine Group. A joint-venture marca um novo momento na história da vitivinicultura nacional. Em que uma empresa brasileira tem a oportunidade de agregar qualidade e valor aos seus vinhos e ultrapassar fronteiras com produção própria. "Estamos sempre em busca de caminhos que nos levem a produzir vinhos com qualidade cada vez melhor", diz Miolo.

A Via Sul fará vinhos em várias regiões chilenas sob a marca DO. Os primeiros a chegar ao mercado serão o Cabernet Franc e o Sauvignon Blanc. As vendas iniciam em setembro.

Os vinhos do Brasil serão produzidos primeiramente com as uvas da Estância Fortaleza do Seival, localizada na Campanha Gaúcha, sob a marca Sesmarias, criada para atender ao mercado nacional e internacional.

"Os vinhos DO e Sesmarias serão feito a quatro mãos", afirma Jorge Coderch, CEO da Via Wines. A expressão representa o total intercâmbio tecnológico e de conhecimento dos técnicos e enólogos das duas empresas.

A Via Wines foi fundada em 1998 por Jorge Coderch, inventor do vinho Cavallo Loco, um dos chilenos mais badalados no Brasil. Com quatro unidades de processamento e produção de 27 milhões de litros de vinhos, é a vinícola que mais cresce no Chile. A Miolo é líder nacional e referência em vinhos finos no Brasil. Presente em cinco regiões, produziu no ano passado 5 milhões de litros de vinhos e espumantes.

A joint-venture foi resultado das afinidades e estratégias das vinícolas. As duas empresas são familiares, possuem um projeto para o futuro e dedicam-se em buscar diferentes terroirs para produzirem vinhos com personalidade e com características específicas, para atender aos mais diversos paladares. "A troca de experiências entre vinícolas que querem evoluir é muito valiosa para a Miolo, que não mede esforços em busca da qualidade", diz Miolo.

Os vinhos produzidos pela Via Sul Wine Group terão como principal destino as exportações. A Via é bastante reconhecida no mercado internacional – exporta 95% de sua produção, de 27 milhões de litros em 2004. A Miolo vem conquistando seu espaço lá fora. Investiu R$ 49 milhões nos vinhedos, em tecnologia e pesquisa. Assim, melhorou sua base de produção e lançou vinhos superiores, tais como o Lote 43, Quinta do Seival Castas Portuguesas, Cuvée Giuseppe e RAR, que já são exportados para dez países, inclusive para a França e Itália. A empresa deverá estar exportando 30% de sua produção até final de 2012.

A joint-venture também vai trabalhar com produtos da Miolo que a Via não possui, como espumante e Late Harvest (vinho licoroso), com grande potencial de entrada em outros países. A Via tem grande interesse nos espumantes da empresa, que já freqüentam, por exemplo, gôndolas francesas e americanas. "O Brasil tornou-se referência mundial na elaboração de espumantes", afirma Miolo

A parceria das empresas traz um projeto de grandes proporções geográficas. "Os vinhos terão como marca intercâmbio de produção, de tecnologia, de filosofia enológica e de enólogos", diz Coderch. "A idéia será expressar o terroir sul-americano, incorporando no futuro projetos similares na Argentina e no Uruguai".

A parceria envolverá a área comercial das duas empresas. Os vinhos da Miolo serão colocados na rede de distribuição da Via Wine e vice-versa. O resultado da joint-venture será um aporte ao desenvolvimento da vitivinicultura brasileira.
 
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