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A Casa Valduga, uma das mais renomadas vinícolas do Rio Grande do Sul, foi um dos destaques na Avaliação Nacional de Vinhos promovida pela ABE Associação Brasileira de Enologia, no último dia 24 de setembro, em Bento Gonçalves.
O evento, que tem como objetivo avaliar as safras produzidas em território nacional, chegou em sua 13ª edição com recorde de inscrições. Participaram 84 vinícolas com 368 amostras, e deste total foram selecionadas 30% mais representativas, das quais apenas 15 foram eleitas para a degustação.
A Casa Valduga esteve entre as vinícolas que mais classificaram vinhos entre os 30% representativos, com 8 exemplares selecionados: Cabernet Sauvignon (2 amostras), Malvasia, Merlot e Arinarnoa, vitivinífera originária da França, resultado do cruzamento das uvas Merlot e Petit Verdot. Cultivada na França, Austrália, Chile, Líbano e nos vinhedos da Valduga em Encruzilhada do Sul, ainda é praticamente inédita no Brasil.
Além disso, a vinícola apresentou 3 amostras de Chardonnay, sendo que uma delas figurou entre os 15 vinhos principais representantes da safra 2005.
De acordo com Giuseppe Martelli, Presidente da União Internacional de Enólogos (Itália) e avaliador do Chardonnay, este é um vinho brilhante, e de coloração amarelo-dourada, com notas de maçã, abacaxi, cítrico e mel; notas de baunilha, coco, amêndoas, nozes e tostado proveniente do contato com a madeira; e notas de manteiga da fermentação malolática; com paladar intenso, acidez correta e boa estrutura.
Segundo João Valduga, enólogo e diretor da vinícola, os apreciadores poderão degustar os vinhos brancos da Safra 2005 já em dezembro deste ano, e os vinhos tintos a partir de 2007 quando as primeiras garrafas começam a chegar ao mercado.
Sobre a safra 2005
As condições meteorológicas da vindima de 2005 foram excepcionais no Vale dos Vinhedos. “Tivemos maior quantidade de horas de brilho solar, menor precipitação pluviométrica e menor número de dias de chuva e estiagem. As condições climáticas permitiram o prolongamento da maturação das uvas, que acumularam mais açúcares, taninos e substâncias aromáticas nas bagas”, explica o enólogo. |
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