Por que o vinho se tornou a bebida preferida na quarentena?
Aumento na venda online de vinhos foi registrado no mundo todo durante período de confinamento e distanciamento social
O fenômeno não escapou aos olhos da mídia. Na revista Veja: “Adega reforçada na quarentena: venda de vinhos online dá salto”. No jornal Estado de São Paulo: “O vinho contra o coronavírus”. No jornal Folha de São Paulo: “Quarentena eleva pedidos de bebida alcoólica via delivery e e-commerce”. Na revista Época: “Vendas online de bebidas alcoólicas aumentam até 800% na quarentena”. No site G1: “Com isolamento, venda e consumo de bebidas alcoólicas aumenta no Rio”.
Mas isso não aconteceu apenas no Brasil. Nos Estados Unidos, os pedidos online de bebidas alcoólicas dispararam. De acordo com o site The Drinking Business, o vinho foi o campeão de solicitações em casa com um aumento de 27,6%. A revista Meiningers Wine Business International relatou que, no Reino Unido, a rede Majetic Wine teve seu site travado, devido ao grande tráfego de pedidos. A Meiningers apontou também a Itália, o país europeu mais afetado pelo coronavírus, com a maior alta nas vendas online no segmento. Em Roma, chegou a 240% de crescimento, em Milão, 230% e, em Bergano, 220%.
Os usuários adultos de redes sociais puderam notar o compartilhamento de uma imagem em comum por parte de seus amigos durante a quarentena: pessoas mostrando uma bela taça de vinho cheia ou de uma garrafa da bebida pela metade. A tecnologia também foi usada para fazer vídeos chamadas e brindar com familiares e conhecidos, bebendo uma taça de vinho ou espumante.
Mas por qual motivo o vinho se tornou a bebida preferida durante a quarentena? A revista Forbes foi em busca dessa resposta até na psicanálise. Para o psicanalista e professor do instituto de psicologia da Universidade de São Paulo Daniel Kupermann, a “situação de isolamento social exige renúncia ao prazer – do convívio social, do trabalho etc. Mas o ser humano não renuncia, ele compensa. Compensamos criando outros prazeres: comendo mais fast food, bebendo mais vinho”, explica. Além disso, Kupermann acrescenta que o álcool pode promover um relaxamento e age como uma válvula de escape.
A reportagem da Forbes ainda enumerou outras razões para a preferência do consumidor pela bebida do Deus Baco: o vinho é a bebida que mais harmoniza com refeição e, como as pessoas estão em casa na quarentena, acabam abrindo mais garrafas; o vinho é também uma bebida mais socialmente aceita em um momento de reclusão e confinamento, gerando um engajamento maior para a categoria e, por último, as inúmeras pesquisas científicas que mostram os benefícios para a saúde do consumo moderado de vinho.
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Blog Meu Vinho
O fenômeno não escapou aos olhos da mídia. Na revista Veja: “Adega reforçada na quarentena: venda de vinhos online dá salto”. No jornal Estado de São Paulo: “O vinho contra o coronavírus”. No jornal Folha de São Paulo: “Quarentena eleva pedidos de bebida alcoólica via delivery e e-commerce”. Na revista Época: “Vendas online de bebidas alcoólicas aumentam até 800% na quarentena”. No site G1: “Com isolamento, venda e consumo de bebidas alcoólicas aumenta no Rio”.