Blog Meu Vinho

30/06/2021
Como a dieta mediterrânea, incluindo o vinho, pode ajudar na sua saúde
Pesquisadores descobriram que aqueles que aderiram à dieta por um ano desfrutaram de um microbioma mais diversificado e de menores riscos à saúde
A dieta mediterrânea, que inclui consumo equilibrado de vegetais, frutas, nozes, legumes, grãos, azeite, frutos do mar e vinho em quantidades moderadas, limitando produtos lácteos e carnes, é elogiada por seus resultados saudáveis há décadas. A dieta tem sido associada a inúmeros benefícios, incluindo diminuição dos riscos de doenças cardíacas, câncer, depressão e doenças neurológicas, além de menores taxas de hospitalização e maior vida útil. De acordo com um novo estudo realizado por uma equipe de pesquisadores europeus, a dieta também pode estar ligada a um processo de envelhecimento mais saudável e à microbiota intestinal mais variada.

Os pesquisadores, uma equipe de microbiologistas de universidades da Irlanda, França, Reino Unido, Polônia, Itália e Holanda, publicaram seu trabalho on-line no jornal da Sociedade Britânica de Gastroenterologia, Gut. A equipe concentrou-se na saúde gastroenterológica de idosos, estudando 612 indivíduos de seus respectivos países, com idades variando de 65 a 79 anos. Eles aplicaram o Índice de Fragilidade para Pessoas Idosas (FIFE), um sistema que classifica pacientes mais velhos com base em múltiplos fatores de risco para cada participante e registrou o material genético da microbiota intestinal dos participantes no início do estudo e um ano depois.

Usando um processo aleatório, a equipe designou 323 dos participantes para um grupo que seguia a dieta mediterrânea por um ano, enquanto 289 participantes permaneceram em um grupo de controle sem nenhuma alteração em seus hábitos alimentares.

Depois de seguir os grupos por um ano e coletar dados, os pesquisadores descobriram que os microbiomas intestinais dos indivíduos da dieta mediterrânea eram mais diversos do que os do grupo controle, independentemente do sexo, índice de massa corporal ou idade. Esse grupo também havia reforçado os escores de desempenho cognitivo, diminuição da inflamação e menor risco de fragilidade.

Os pesquisadores também descobriram que a diferença no microbioma intestinal estava ligada a um ganho na produção de ácidos graxos, que se acredita serem responsáveis por manter o equilíbrio da microbiota intestinal e ajudar o corpo a se recuperar de algumas doenças. Também estava ligado a uma menor quantidade de ácidos biliares secundários, p-cresóis, etanol e dióxido de carbono no intestino, os quais podem aumentar o risco de certas doenças.

Uma descoberta importante para os pesquisadores foi que, no início do estudo, os microbiomas intestinais dos participantes variavam de acordo com a nacionalidade. Porém, ao final do estudo, havia uma uniformidade nos microbiomas dos indivíduos da dieta mediterrânea, independentemente do país de origem.

Os pesquisadores esperam que o estudo dê aos médicos uma base para recomendar mudanças na dieta como um tratamento terapêutico comprovado para reduzir a fragilidade e melhorar a saúde geral do intestino para idosos.

Fonte: Wine Spectator
 

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